Lanús enfrenta San Martín de San Juan antes da final da Sul-Americana contra o Atlético Mineiro
O Club Atlético Lanús entra em campo neste domingo, 9 de novembro de 2025, com o peso de uma final antecipada. Contra o San Martín de San Juan, no Estádio Ingeniero Hilario Sánchez, em San Juan, a equipe granate busca retomar o rumo antes da decisão continental contra o Atlético Mineiro. A derrota por 2 a 1 para o Banfield na segunda-feira, 3 de novembro, encerrou uma sequência invicta de dez jogos — sete vitórias e três empates — que começara após a eliminação na Copa da Argentina, em 8 de setembro, para o Argentino Juniors. Agora, cada passo conta. Cada bola parada, cada lance de contra-ataque. Porque o que está em jogo não é só três pontos no Torneo Clausura 2025Argentina. É a confiança, o ritmo, a alma de um time que quer chegar à final da Copa Sul-AmericanaEstádio Defensores del Chaco com fome de glória.
Um time em busca de equilíbrio
O Lanús chegou ao confronto com o Banfield como um dos grandes favoritos do Grupo B do Clausura. A 3ª posição no grupo, com 22 pontos em 14 rodadas, era sinal de consistência. Mas a derrota por 2 a 1, com gols de Bruno Sepúlveda e Auzmendi, deixou o time em estado de alerta. O gol de honra de Eduardo Salvio, nos acréscimos, foi mais um suspiro do que uma reviravolta. Ainda assim, o time mantém a liderança técnica na equipe: Manuel Moreno, com 4 gols em 17 jogos, e Salvio, com 3 gols e 17 aparições, seguem como pilares. O meio-campo, com Tomás Fernández e Sebastián Marcich, tenta equilibrar a criação com a defesa. Mas o que mais preocupa os torcedores é a falta de fluidez nos últimos 20 minutos. É como se o time soubesse que a final está chegando... e não quisesse correr o risco de errar.Curiosamente, o San Martín de San Juan, que ocupa a última posição do campeonato com zero pontos, não é um adversário de peso técnico — mas é um adversário de peso emocional. Joga em casa, com a torcida gritando desde o primeiro apito, e sabe que cada ponto pode ser histórico. O estádio, com 20 mil lugares, se transforma numa fornalha. E o Lanús, que já venceu por 1 a 0 em abril, quando Moreno marcou aos 59 minutos, não pode subestimar esse cenário. A pressão de fora de casa, em meio a uma sequência de resultados ruins, pode ser mais pesada do que qualquer marcação.
Dois mundos, uma mesma meta
Enquanto o Lanús se prepara para a final continental, o San Martín vive uma temporada de reconstrução. Fundado em 1907, o clube de San Juan nunca chegou tão perto de uma competição internacional. Seu elenco é jovem, com poucos jogadores com experiência em grandes palcos. Mas isso não significa que não tenha fome. O técnico, ainda não identificado nas fontes, tem tentado montar um sistema de jogo baseado em contra-ataques rápidos e pressão alta — algo que pode surpreender o Lanús, acostumado a dominar posse de bola. Afinal, quando você não tem nada a perder, o risco vira estratégia.O confronto direto entre as duas equipes, registrado no AiScore, também inclui um jogo de 28 de fevereiro de 2016 — um empate sem gols que, na época, foi considerado um jogo sem significado. Hoje, é um marco. Porque, mesmo que o San Martín esteja no fundo do poço, o jogo contra o Lanús é a sua chance de mostrar que ainda existe. E o Lanús sabe disso. Por isso, o técnico granate — cujo nome ainda não foi confirmado — tem feito reuniões secretas com os assistentes para analisar os últimos 90 minutos do San Martín. Não para vencer. Mas para não se perder.
A sombra da final contra o Atlético Mineiro
O verdadeiro inimigo não está em San Juan. Está em Assunção. O Atlético Mineiro, o "Galo" brasileiro, é um time que não perdoa erros. Com um elenco reforçado por jogadores como Matheus Cunha e Pedro, o clube mineiro, fundado em 1908, chega à final com a confiança de quem já venceu a competição antes. E o Lanús, que enfrentará o Atlético Tucumán antes da final — em data ainda não confirmada — precisa de mais do que vitórias. Precisa de identidade. Precisa de um estilo. Precisa de um grito.Na última temporada, o Lanús foi eliminado nas semifinais da Sul-Americana por um gol de pênalti. Desta vez, o time tem a chance de corrigir o passado. Mas para isso, precisa superar o próprio medo. O medo de errar. O medo de não ser suficiente. O medo de que, depois de tantos jogos, o corpo não aguente. O técnico tem dito, em entrevistas fechadas: "Não vamos jogar pela final. Vamos jogar para não morrer antes dela."
Quem pode mudar o jogo?
- Manuel Moreno: O meia de 25 anos, com 4 gols nesta temporada, é o criador de jogadas mais perigoso do Lanús. Se ele encontrar espaço, o San Martín pode desmoronar.- Eduardo Salvio: O veterano de 34 anos, ex-Atlético Madrid, ainda tem velocidade e precisão. Sua experiência pode ser decisiva nos minutos finais.
- Wilson Bou: O atacante de 23 anos, com 3 gols em 12 jogos, é o mais novo nome em ascensão. Pode ser a surpresa da partida.
- Facundo Anselmo: O centroavante, com apenas 1 gol, precisa sair da inatividade. Se não marcar, pode ser substituído antes da final.
O que vem depois?
Após o confronto com o San Martín, o Lanús terá apenas quatro dias para se recuperar antes de enfrentar o Atlético Tucumán — e depois, mais cinco dias até a final da Sul-Americana. O calendário é apertado. O cansaço, real. Mas o que mais pesa é a expectativa. Em Lanús, a cidade onde o clube nasceu em 3 de janeiro de 1915, os torcedores já colocaram faixas nas ruas: "2025 é o ano da redenção."Se o Lanús vencer, será um sinal de que ainda tem fôlego. Se perder, será um sinal de que a final contra o Atlético Mineiro será uma batalha contra si mesmo. E isso, talvez, seja o mais difícil de todos.
Frequently Asked Questions
Por que o jogo contra o San Martín de San Juan é tão importante para o Lanús, mesmo sendo apenas uma rodada do Campeonato Argentino?
Apesar de ser um jogo do Torneo Clausura, o confronto ocorre em um momento crítico: após a derrota para o Banfield, que encerrou uma sequência de dez jogos sem perder. O Lanús precisa retomar o ritmo antes da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Mineiro. Um resultado positivo restaura a confiança do elenco, evita distrações e mantém o foco no objetivo principal: a conquista continental.
Quais são os principais jogadores do Lanús para esta temporada?
Manuel Moreno (4 gols em 17 jogos), Eduardo Salvio (3 gols em 17 jogos) e Wilson Bou (3 gols em 12 jogos) são os principais artilheiros. No meio-campo, Sebastián Marcich e Maximiliano Iacobellis dão equilíbrio. Já no ataque, Tomás Fernández e Facundo Anselmo são as principais opções. A experiência de Salvio e a velocidade de Bou podem ser decisivas contra o San Martín e, depois, contra o Atlético Mineiro.
Qual é a importância do Estádio Ingeniero Hilario Sánchez para este confronto?
Localizado em San Juan, o estádio tem capacidade para 20 mil pessoas e é conhecido por sua atmosfera hostil para visitantes. O San Martín, mesmo na lanterna, joga com intensidade em casa. Para o Lanús, enfrentar esse cenário após uma derrota recente é um teste de maturidade. O clima, o vento e a pressão da torcida podem influenciar decisões técnicas — e até a eficácia dos passes.
Como o Atlético Mineiro se compara ao Lanús em termos de histórico e forma atual?
O Atlético Mineiro, fundado em 1908, tem mais títulos internacionais e um elenco mais robusto, com jogadores como Matheus Cunha e Pedro. Já o Lanús, embora menos favorecido, tem uma tradição de luta e defesa sólida. O time argentino vem de uma sequência de resultados positivos, enquanto o Galo tem um ataque mais ofensivo. A final será um embate entre estilo e consistência — e a equipe que melhor administrar a pressão leva o troféu.
O que pode mudar na final da Copa Sul-Americana se o Lanús perder para o San Martín?
Uma derrota contra o San Martín pode abalar a psicologia do elenco. O time já enfrenta pressão por não vencer desde setembro. Se perder novamente, o técnico pode ser forçado a mudar o esquema tático antes da final, o que pode desestabilizar a equipe. Além disso, a torcida pode se desanimar, reduzindo o apoio emocional — um fator crucial em decisões continentais. O Lanús precisa vencer para manter a credibilidade.
Por que a final da Copa Sul-Americana foi marcada em Assunção, e não na Argentina ou no Brasil?
A Conmebol escolheu o Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, por ser um neutro e com boa infraestrutura. O estádio já sediou finais da competição em anos anteriores, como em 2022. Além disso, a localização geográfica é equidistante entre Buenos Aires e Belo Horizonte, o que facilita a logística de torcedores e equipes. A decisão evita vantagem territorial e garante imparcialidade — algo essencial em uma final entre dois países.
Willian Paixão
novembro 5, 2025 AT 00:07Essa pressão toda antes da final é real, mas o Lanús tem alma. Se o time se lembrar de que jogar com coração vale mais que tática perfeita, vai superar.
Eu já vi time muito pior que esse ganhar tudo com menos.
Bruna Oliveira
novembro 6, 2025 AT 16:34Claro que o San Martín é um adversário de peso emocional - mas o Lanús tá tão perdido tático que nem o vento de San Juan consegue ajudar. A pressão é sintoma de um time que não sabe quem é mais.
Essa geração tá mais preocupada com a final do que com o jogo.
Rayane Martins
novembro 8, 2025 AT 09:13Se o técnico não corrigir a falta de ritmo nos últimos 20 minutos, a final contra o Galo vai ser um pesadelo. O time precisa de urgência, não de medo.
Essa mentalidade de 'não errar' é a pior forma de perder.
gustavo oliveira
novembro 9, 2025 AT 07:42Mano, isso aqui é o futebol sul-americano em sua forma mais pura: um time da Argentina enfrentando um time da Argentina, mas com a alma de um time do interior lutando por dignidade.
San Martín pode ser lanterna, mas tem mais coragem que 80% dos times que jogam na Série A do Brasil.
Isso aqui não é só futebol, é história.
Caio Nascimento
novembro 10, 2025 AT 08:49Eu não entendo como alguém pode subestimar o San Martín...
Por favor...
É um time que joga em casa...
Com torcida...
E com nada a perder...
Isso é perigoso...
Muito perigoso...
E o Lanús...
Está se comportando como se já tivesse vencido a final...
Isso é um erro...
Grave...
Rafael Pereira
novembro 10, 2025 AT 15:42Se o Lanús quer chegar à final com confiança, precisa vencer esse jogo com clareza, não com medo.
Se o Moreno abrir espaço, o time vai respirar.
Se o Salvio marcar, a torcida volta a acreditar.
É simples: jogo a jogo, minuto a minuto.
Não pense na final. Pense só no próximo lance.
Naira Guerra
novembro 11, 2025 AT 08:10Todo mundo fala de redenção, mas ninguém fala que o Lanús está se escondendo atrás da Sul-Americana pra esconder o fracasso no Clausura.
Se fosse um time de verdade, já teria arrumado a casa antes de pensar em final.
Manuel Silva
novembro 12, 2025 AT 12:13o san martín ta na lanterna mas o q isso importa? quando vc joga em casa e a torcida ta gritando como se fosse a final da copa do mundo, o adversario sente isso na pele...
e o lanus ta com o peso de uma final antecipada... isso nao é só pressao, é uma carga psicologica que pode derrubar até o melhor time.
se o salvio nao acordar, o time vai perder por 1 a 0 de novo...
Flávia Martins
novembro 12, 2025 AT 16:30sera que o tecnico ta mesmo analisando os ultimos 90 minutos do san martín ou só ta fingindo que ta fazendo algo pra nao parecer que ta perdido?
porque se ele nao tiver um plano B... o time vai cair como um castelo de cartas