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Universidad de Chile surpreende Botafogo e lidera grupo na Libertadores no Estádio Nacional de Santiago

Universidad de Chile surpreende Botafogo e lidera grupo na Libertadores no Estádio Nacional de Santiago
Fernando Sousa 0 Comentários 8 maio 2025

Universidad de Chile volta à Libertadores com vitória marcante sobre Botafogo

O Estádio Nacional de Santiago foi palco de uma noite intensa para o futebol sul-americano em 2 de abril de 2025. A torcida local, sedenta por grandes jogos após anos de jejum na principal competição continental, viu a Universidad de Chile derrotar o Botafogo por 1 a 0, em uma partida cheia de expectativas. O time chileno não disputava a fase de grupos da Libertadores desde 2018, o que aumentou ainda mais o clima de tensão e ansiedade nas arquibancadas.

O Botafogo, que carrega o peso simbólico e prático do título conquistado na edição anterior do torneio, chegou ao Chile cercado de dúvidas. A equipe brasileira perdeu alguns de seus nomes mais decisivos: Luiz Henrique, Thiago Almada e Junior Santos buscaram novos desafios fora de General Severiano, enfraquecendo o elenco para 2025. Além disso, a mudança no comando técnico — com Renato Paiva assumindo após a saída de Artur Jorge — intensificou a pressão sobre os cariocas. O time ainda não havia se encontrado nas primeiras rodadas do Brasileirão e entrava em campo tentando apagar uma sequência de resultados ruins tanto no cenário nacional quanto internacional.

Jogo tenso, erro brasileiro e festa chilena

Dentro de campo, o duelo foi marcado por equilíbrio e nervosismo. O primeiro tempo teve poucas chances claras de gol, mas a Universidad de Chile se mantinha firme defensivamente, explorando cada brecha nos erros de saída do Botafogo. O gelo só foi quebrado aos 15 minutos da segunda etapa, quando o atacante argentino Lucas Di Yorio conseguiu escapar da marcação e, em um rápido contra-ataque, tocou na saída do goleiro carioca. A vibração no estádio foi de alívio e esperança — ali estava a prova de que o retorno à Libertadores podia ser mais do que simbólico para os azuis.

O Botafogo sentiu o baque. O time de Renato Paiva tentou pressionar, mas esbarrou nas próprias limitações. Sem criatividade, dependente de lampejos individuais que não vieram, o atual campeão da América mostrou que reconstruir uma equipe vitoriosa não é tarefa simples. Nas poucas vezes em que parecia próximo do empate, parou nas boas intervenções do goleiro chileno.

Do outro lado, o resultado deu moral para a Universidad de Chile e animou ainda mais a torcida. Com a vitória, o clube chileno dividiu a liderança do Grupo A com o Estudiantes de La Plata, que também fez sua lição de casa e venceu o Carabobo por 2 a 0. O ambiente agora é de confiança nos vestiários dos azuis, enquanto o Botafogo volta ao Brasil precisando rever estratégias e buscar respostas urgentes para evitar repetir fiascos recentes.

Assim, o Grupo A começa sua trajetória já com uma grande história e mostra que, na Libertadores, tradição não garante favoritismo e nenhuma partida é protocolar — especialmente num Estádio Nacional lotado, onde lembranças de outros tempos costumam pesar a favor dos anfitriões.