UFC Rio 2025: Gamrot promete acabar com carreira de Oliveira

Em UFC Rio, Mateusz Gamrot deixou a promessa de fechar a trajetória de Charles Oliveira logo na coletiva de imprensa, incendiando a expectativa dos fãs antes da noite 11 de outubro de 2025.

O evento, oficialmente UFC Fight Night 261Farmasi Arena, Rio de Janeiro, aconteceu na Farmasi Arena, marcando a 13ª visita do UFC à cidade e a primeira desde o UFC 301, em maio de 2024.

Histórico: a volta de Oliveira ao Brasil

Depois de cinco anos longe das arenas brasileiras, Charles Oliveira retornou ao "do Bronx" para defender seu nome em casa. Sua última luta no país havia sido no UFC Fight Night: Maia vs. LaFlare, em 2015. A expectativa era ainda maior porque o combate original contra Rafael Fiziev foi cancelado devido a uma lesão no joelho do adversário, colocando Gamrot – ex-campeão da KSW nas categorias peso-galo e peso-pena – no lugar.

Oliveira entrou no card como favorito, com um recorde de 35 vitórias (21 por finalização) e a reputação de finalizador mortal. Já Gamrot chegou ao UFC com 21 vitórias e 9 derrotas, trazendo um estilo mais técnico e grappling refinado.

Desenvolvimento da noite: pesagens, ajustes e surpresas

Na pesagem, Saimon Oliveira (irmão de Charles) chegou com 144 libras, oito acima do limite de peso-banho, e teve sua luta convertida em pegada‑catchweight, perdendo 30% da bolsa que foi repassada a Luan Lacerda. Esse detalhe acabou por deixar a pauta ainda mais quente, já que a comissão exigiu cautela nas lutas subsequentes.

Outro ponto de atenção foi a substituição de Santiago Ponzinibbio por Joel Álvarez contra Vicente Luque, devido a uma lesão de última hora. A luta prometia ser explosiva, mas acabou sendo cancelada quando Álvarez não conseguiu completar o peso.

O card ainda foi marcado por várias mudanças de última hora: a luta entre Ryan Spann e Valter Walker não se concretizou, e Walker acabou agendado contra Mohammed Usman, que desistiu dois dias antes da noite.

Reações dos lutadores: promessas, desafios e respeito

Na coletiva, Gamrot, com tom desafiador, declarou: "Estou aqui para acabar com a lenda de Oliveira. Se ele sobreviver, será uma grande vitória, mas eu estou pronto para terminar isso hoje". A frase incendiou redes sociais, gerando milhares de retweets e memes comparando a promessa à clássica estreia de um rival.

Oliveira, por sua vez, respondeu com a calma de quem já enfrentou 30+ finalizações: "Tenho respeito pelo Mateusz, mas estou aqui para lutar. Se ele quiser testes, que venha. O público do Brasil merece um show, não promessas vazias".

Especialistas do ESPN+ apontaram que o estilo de Gamrot, baseado em controle de posição, poderia neutralizar a habilidade de finalização de Oliveira, mas ressaltaram a experiência do brasileiro em transições rápidas.

Impacto e análises: o que a luta significa para o UFC no Brasil

O UFC Rio tem sido uma peça-chave na estratégia de expansão da empresa na América Latina. Desde a primeira visita em 1998, o número de fãs brasileiros que acompanham transmissões ao vivo cresceu 82% segundo dados do Nielsen. Com este card, o UFC tentou consolidar o Rio como um hub permanente, similar ao que acontece em Las Vegas.

Se Gamrot vencer, pode se tornar o primeiro europeu a vencer um ex‑campeão brasileiro na casa dele desde 2020, algo que abriria portas para mais contratações de lutadores da Europa Central.

Por outro lado, uma derrota de Oliveira poderia acelerar sua aposentadoria, encerrando a era "do Bronx" que começou em 2010. O mercado de merchandising também seria impactado: camisas de Oliveira já somam mais de 150 mil unidades vendidas nas últimas duas temporadas, enquanto a marca de Gamrot ainda está em fase de crescimento.

Próximos passos: o que vem depois do UFC Rio 2025

Independentemente do resultado, o calendário do UFC já tem a próxima parada marcada para São Paulo em fevereiro de 2026, com luta principal entre Islam Makhachev e Dustin Poirier. Enquanto isso, Gamrot, se vitorioso, deve subir ao top‑10 do ranking dos leves e ganhar um contrato de desempenho.

Oliveira, caso perca, ainda tem opções: negociar uma luta de despedida no Brasil ou migrar para a divisão dos penas, onde ainda tem chances de recomeçar.