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Por que vitória vale até 5 pontos no vôlei dos Jogos Pan‑Juniores 2025

Por que vitória vale até 5 pontos no vôlei dos Jogos Pan‑Juniores 2025
Higor Henrique 15 Comentários 12 outubro 2025

Quando Renato Lima, treinador da seleção masculina da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), recebeu o apito final do último jogo contra o México, ele sabia que o placar não seria o único número a contar: o Brasil garantiu a vitória por 5 pontos – a pontuação máxima que o novo regulamento permite. No mesmo dia, Ana Paula Silva, capitã das mulheres, celebrava o bicampeonato ao lado da equipe feminina, que também colheu 5 pontos em cada confronto. O feito aconteceu durante o Jogos Pan‑Americanos Juniores de 2025Asunción, Paraguai, torneio que bateu recordes de competitividade e trouxe à tona um sistema de pontuação até então desconhecido pelos torcedores.

Como funciona o novo sistema de pontuação

Ao contrário das edições anteriores, onde a vitória valia sempre 3 pontos, a CBV adotou, em acordo com a Pan American Sports Organization (PASO), uma escala que recompensa a dominância em quadra. A tabela ficou assim:

  • Vitória por 3–0: 5 pontos
  • Vitória por 3–1: 4 pontos
  • Vitória por 3–2: 3 pontos
  • Derrota por 2–3: 2 pontos
  • Derrota por 0–3 ou 1–3: 0 ponto

O objetivo, segundo Prof. Carlos Mendes, analista de desempenho da CBV, é “incentivar o ataque coordenado e desencorajar estratégias conservadoras que prolongam o jogo”. Assim, equipes que fecham sets rapidamente acumulam mais pontos, o que altera drasticamente a tabela de classificação.

Impacto direto nas campanhas brasileiras

No masculino, o Brasil venceu cinco partidas, todas por 3–0, somando 25 pontos. No feminino, foram quatro vitórias por 3–0 (20 pontos) e uma vitória por 3–1 (4 pontos), totalizando 24 pontos. O “cálculo final” chegou a 49 pontos – quase o dobro da soma das edições de 2021 e 2023, quando o Brasil fez 26 e 28 pontos, respectivamente. Essa diferença fez com que o Brasil não só assegurasse o bicampeonato, mas também garantisse vaga automática no Campeonato Mundial Juvenil de 2026.

“É incrível ver como cada saque, cada bloqueio, tem peso extra agora. Quando a gente estava liderando 3–0, o técnico já puxava a gente para fechar o set antes que a pressão suba”, conta Renato Lima, que destacou a importância da preparação física para sustentar a intensidade dos cinco pontos por vitória.

Reação das outras equipes e da imprensa

Os adversários tiveram opiniões divergentes. O técnico argentino, Gonzalo Pérez, considerou o sistema “justo, mas ainda desfavorece equipes que dependem de jogos de cinco sets para superar adversários mais fortes”. Por outro lado, a imprensa local de Asunción elogiou a novidade por tornar os jogos mais “emocionantes e imprevisíveis”.

Na pauta dos jornais paraguaios, a manchete “5 pontos por vitória: a nova regra que sacode o voleibol” gerou debates nas redes, com torcedores questionando se a medida favoreceria países com maior profundidade de elenco – ponto que a PASO prometeu analisar nas próximas edições.

Por que a mudança foi implementada agora?

Por que a mudança foi implementada agora?

A decisão veio após a avaliação da CBV de que o antigo formato “premia a mera vitória, independentemente da qualidade”. Um relatório interno, divulgado em junho de 2025, apontou que 62% dos jogos da fase de grupos nas últimas duas edições foram decididos em 5 sets, o que “reduzia a diferenciação entre equipes”. Assim, ao vincular pontos ao desempenho em cada set, a CBV pretende tornar a classificação mais meritocrática.

“É como mudar a nota de uma prova: não basta acertar a questão final; é preciso mostrar domínio ao longo de todo o teste”, resumiu a diretora de competições da CBV, Mariana Torres, em entrevista concedida ao portal No Ataque.

Perspectivas para as próximas edições

Com o sucesso imediato – o público registrou aumento de 18% na audiência dos jogos decisivos – a PASO confirmou que o sistema permanecerá em vigor até ao menos 2030. Entretanto, há rumores de que será ajustado para conceder 6 pontos em vitórias por 3–0, caso a diferença de pontos entre as primeiras posições continue a ser “excessivamente alta”.

Para os jovens atletas brasileiros, o novo esquema abre caminho para bolsas de estudo e contratos internacionais. Scouts de ligas europeias já relataram interesse crescente, sobretudo em atacantes que conseguem fechar sets rapidamente, um perfil muito valorizado pelo critério de 5 pontos.

Resumo dos números-chave

Resumo dos números-chave

  • Data de início: 17/08/2025
  • Local: Asunción, Paraguai
  • Brasil masculino: 5 vitórias 3–0 (25 pontos)
  • Brasil feminino: 4 vitórias 3–0 + 1 vitória 3–1 (24 pontos)
  • Pontuação total do Brasil: 49 pontos

Perguntas Frequentes

Como os pontos são distribuídos nas diferentes vitórias?

Uma vitória por 3–0 rende 5 pontos, por 3–1 vale 4 pontos e por 3–2 concede 3 pontos. Derrotas por 2–3 dão 2 pontos ao perdedor, enquanto perdas por 0–3 ou 1–3 não pontuam.

Qual foi o desempenho total do Brasil no novo sistema?

Os homens acumularam 25 pontos (cinco vitórias 3–0) e as mulheres 24 pontos (quatro vitórias 3–0 e uma 3–1), totalizando 49 pontos, número que garante o bicampeonato e a vaga no Mundial Juvenil 2026.

Por que a CBV introduziu esse novo critério?

Um estudo interno mostrou que 62 % dos jogos nas fases de grupos foram decididos em cinco sets, reduzindo a diferenciação entre equipes. O novo sistema premia quem domina os sets, tornando a classificação mais meritocrática.

Como a mudança afeta equipes com menos profundidade de elenco?

Equipes que dependem de jogos longos podem perder pontos valiosos, já que uma derrota por 2–3 ainda rende apenas 2 pontos. Isso pressiona os treinadores a melhorar a consistência em todos os sets.

Quando será a próxima edição dos Jogos Pan‑Juniores?

A PASO já agenda a próxima edição para 2027, provavelmente em Vancouver, Canadá, mantendo o formato de pontuação adotado em 2025.

15 Comentários

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    Fabiana Gianella Datzer

    outubro 12, 2025 AT 23:13

    Excelente iniciativa da CBV ao adotar a pontuação que recompensa a dominância em quadra🏐. O panorama traz mais significado a cada set e incentiva o desenvolvimento de atletas completos. Parabéns ao técnico Renato Lima e à capitã Ana Paula pela conquista impecável!

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    Carlyle Nascimento Campos

    outubro 14, 2025 AT 03:00

    Isso é o que o voleibol precisava!!!! A nova regra transforma cada partida em batalha constante e elimina jogos morosos!!!! Os times que não se adaptarem vão ficar pra trás, sem chance de pontuar adequadamente!!!!

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    Igor Franzini

    outubro 15, 2025 AT 06:46

    O novo esquema de pontos parece bem pensado, mas vai ser difícil pra equipes menores manterem o ritmo desesátado a cada set. Treinar consistência agora vira prioridade máxima nos camps. Só espero que a PASO não volte atrás depois de alguns resultados inesperados.

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    João e Fabiana Nascimento

    outubro 16, 2025 AT 10:33

    A justificativa apresentada pela diretora Mariana Torres está alinhada com os princípios de meritocracia desejados pela CBV. Ao relacionar a distribuição de pontos ao desempenho em cada set, cria‑se um incentivo robusto para o ataque coordenado. Essa mudança deve, portanto, refletir‑se positivamente nas próximas classificações.

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    Henrique Lopes

    outubro 17, 2025 AT 14:20

    Ah, então agora 5 pontos por vitória, como se fosse a fórmula mágica de todos os problemas! Só não vale esquecer que, no fundo, o que conta mesmo é a paixão dos jogadores. Vamos torcer para que isso não transforme o esporte em um simples concurso de números.

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    Raphael Mauricio

    outubro 18, 2025 AT 18:06

    O silêncio que se instalou nos vestiários depois da mudança foi quase palpável; a pressão dos cinco pontos pesa como nunca antes. Cada saque parece carregar o peso de uma decisão olímpica.

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    Heitor Martins

    outubro 19, 2025 AT 21:53

    Então, a CBV resolveu mudar o placar e, de repente, cinco pontinhos a mais por vitória 3‑0 viraram o novo "código da perfeição" no vôlei juvenil. Não é que o técnico Renato Lima tenha transformado o treino em maratona de sets, mas a pressão de garantir esses pontos extras faz a galera sentir como se estivesse jogando duas vezes mais? É quase como se cada saque tivesse um selo de "premium". Os caras da PASO disseram que é para incentivar o ataque coordenado, mas, na prática, dá aquela sensação de que o resultado já vem com o primeiro ponto do primeiro set. E tem gente que acha que isso vai gerar mais emoção nas arquibancadas – eu imagino a plateia aplaudindo cada ponto como se fosse um gol de final de campeonato. Enquanto isso, as seleções com menos profundidade de elenco vão precisar de uma pílula de coragem extra. O Brasil, claro, saiu tirando de letra, acumulando 49 pontos e garantido o bicampeonato, mas será que a superioridade vai continuar quando o critério mudar de novo? Alguns analistas já estão falando de possíveis ajustes, até 6 pontos para um 3‑0, caso a diferença entre as primeiras posições continue "excessivamente alta". Eu fico pensando: será que a gente não está transformando o esporte num cálculo de pontos ao invés de um jogo de coração? No fim das contas, a nova regra pode ser vista como um teste de resistência psicológica. Cada bloco, cada ataque, cada saque tem agora valor extra, como se a partida fosse um exame de múltipla escolha onde cada resposta certa dá duas notas. E, convenhamos, para os scouts europeus que já estão de olho nos atacantes que fecham sets rapidinho, isso pode abrir portas de bolsa e contratos. De qualquer forma, o panorama mudou, e o voleibol agora tem um tempero a mais que, quem sabe, vai deixar a próxima geração ainda mais faminta por vitórias. Mas, como tudo na vida, tem seu lado negro – a pressão pode transformar a diversão em obrigação.

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    Anderson Rocha

    outubro 20, 2025 AT 11:46

    Não sei se você percebeu, Heitor, mas o impacto real dessa regra está nos ombros dos jovens que ainda não entenderam o jogo. Enquanto alguns celebram, outros já sentem o peso de uma expectativa impossível.

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    Gustavo Manzalli

    outubro 21, 2025 AT 01:40

    Essa nova dinâmica é um verdadeiro carnaval de oportunidades para quem tem elenco profundo, mas para as equipes mais modestinhas pode soar como um tsunami de injustiça.

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    Paulo Viveiros Costa

    outubro 21, 2025 AT 15:33

    Essa regra é mó zoeira.

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    Janaína Galvão

    outubro 22, 2025 AT 05:26

    Você não percebe que isso é parte de um plano maior da PASO para manipular os rankings e favorecer países com maior poder econômico?!!!

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    Pedro Grossi

    outubro 22, 2025 AT 19:20

    Do ponto de vista técnico, treinar a finalização nos primeiros sets vai garantir os cinco pontos que a regra oferece. É essencial que os auxiliares de campo estejam atentos a cada detalhe.

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    sathira silva

    outubro 23, 2025 AT 09:13

    E assim, nas sombras da quadra, nasce a lenda de um time que domina todos os sets, construindo um legado que ecoará pelos corredores da história do voleibol!

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    yara qhtani

    outubro 23, 2025 AT 23:06

    A implementação do modelo de pontuação 5‑0‑4‑3‑2 segue a lógica de scoring efficiency e maximiza o ROI dos treinamentos de alta performance. É crucial alinhar os indicadores de performance (KPIs) com as metas de classificação.

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    Luciano Silveira

    outubro 24, 2025 AT 13:00

    Concordo plenamente, Yara! 🚀 Essa abordagem vai elevar ainda mais o nível competitivo dos nossos jovens atletas!!!

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