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Crise financeira ameaça império Yellowstone da Paramount, mesmo com lucros bilionários

Crise financeira ameaça império Yellowstone da Paramount, mesmo com lucros bilionários
Fernando Sousa 0 Comentários 15 maio 2025

Tensão nos bastidores de Yellowstone: números superlativos e cortes na mira

O que parecia ser a fórmula perfeita — uma franquia de sucesso, lucros gigantes e público fiel — agora está cercado por incertezas. Para quem acompanha o universo Yellowstone, criado por Taylor Sheridan, o roteiro nos bastidores ficou tão dramático quanto a série. Mesmo trazendo uma fortuna de R$ 14,5 bilhões (US$ 2,9 bilhões) em vendas e um lucro de R$ 3,5 bilhões (US$ 700 milhões) para a Paramount, a ordem agora é apertar o cinto. O recado vem de cima: David Ellison, novo manda-chuva da companhia, junto com Cindy Holland, recém-chegada do streaming, decidiram cortar os orçamentos de episódios. A meta é passar dos atuais US$ 12–16 milhões por episódio para US$ 9 milhões daqui para frente.

No meio desse vendaval, Taylor Sheridan, o cérebro criativo da franquia, se vê pressionado. Ele embolsa um salário gigantesco, mais de US$ 200 milhões segundo estimativas de Hollywood, isso sem contar extras por conta do uso de suas fazendas e cavalos nos sets. Sheridan não economiza: suas produções exigem locações reais em Montana, grandes estrelas no elenco e, claro, aquele padrão de qualidade cinematográfica que virou marca registrada.

O problema é que economizar nessa conta pode custar muito caro lá na frente. A história prova: a segunda temporada de Yellowstone amargou um prejuízo de US$ 50 milhões até a franquia engrenar de vez nas contas do streaming. Só que agora o contexto mudou. O grupo Paramount prepara uma fusão bilionária com a Skydance Media, e cada centavo faz diferença nesta guerra de sobrevivência do entretenimento.

Disputa de contratos e futuro incerto para sequências

Disputa de contratos e futuro incerto para sequências

Um ingrediente a mais apimenta esse caldeirão: o contrato de Sheridan só vence em 2027, e já tem muita gente de olho em como será a renegociação. Enquanto isso, a Paramount segue anunciando novidades: vem aí The Madison, com Michelle Pfeiffer, além da expectativa de trazer de volta nomes adorados do público como Cole Hauser e Kelly Reilly em spin-offs e sequências.

Mas não dá para ignorar o risco. Se o corte de custos diminuir a qualidade, o buraco pode ser grande, já que boa parte do sucesso de Yellowstone está no visual imponente e nas produções de alto padrão. E dependendo do resultado dessa nova política, até as estrelas podem repensar se continuam ou não na empreitada, já que Sheridan costuma ser inflexível com sua visão criativa.

Na prática, o império Yellowstone virou um campo de batalhas financeiras e criativas. O mundo do entretenimento está de olho: será que a Paramount vai conseguir equilibrar as contas sem sufocar a galinha dos ovos de ouro? Sheridan aguenta o tranco ou parte para outra? As próximas temporadas prometem emoções tanto fora quanto dentro das telas.